Patrono

  • Publicado em: 26/02/2014 às 16:46   |   Imprimir

Joaquim Maurício Cardoso
É o Patrono do município conforme a LEI MUNICIPAL Nº 1116/2006

Joaquim Maurício Cardoso nasceu em Soledade em 1888. Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, por onde se diplomou em 1908. Membro do Partido Republicano Riograndense foi eleito deputado estadual em 1913. Renunciou ao mandato no ano seguinte em protesto contra a proibição à exportação de cereais para a Europa durante a Primeira Guerra Mundial, determinada pelo presidente do estado, Borges de Medeiros.
Dedicou-se à advocacia e ao ensino universitário. Quando Getúlio Vargas assumiu a presidência do Rio Grandedo Sul voltou a dedicar-se à política. Participou da formação da Aliança Liberal, coligação que lançou a candidatura de Vargas à presidência da República. Com a derrota passou a ser um dos principais articuladores daderrubada do presidente Washington Luís. Dirigiu operações militares em Porto Alegre e, em nome de Vargas, estabeleceu contatos em São Paulo com vistas à montagem do novo governo paulista, que acabaria sendo entregue ao Ten. João Alberto Lins de Barros.
Em dezembro de 1931 assumiu o Ministério da Justiça e passou, imediatamente, a trabalhar pela volta do país ao regime constitucional. Aboliu a censura à imprensa e elaborou o novo Código Eleitoral, que trazia como principais novidades a instituição do voto secreto e a criação da Justiça Eleitoral.
Como a reconstitucionalização do país era combatida pela ala "tenetista", o Diário Carioca foi empastelado pelos adversários da constitucionalização. Maurício Cardoso tomou providências paraque as responsabilidades fossem apuradas, mas foi desautorizado pelo governo.
Demitiu-se, então, do ministério junto com outros representantes gaúchos no governo. Apesar de tudo, evitou dar apoio à Revolução deflagrada em São Paulo, em julho de 1932. Foi convocado por Vargas para servir de mediador entre o governo federal e os paulistas.
Seus esforços fracassaram. Em setembro recebeu o controle do PRR e do jornal A Federação das mãos de Borges de Medeiros, que havia sido preso por envolvimento com o movimento constitucionalista de "32".
No ano seguinte, comandou o PRR nas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte, para a qual elegeu-se deputado. Em 1934, com o término dos trabalhos de elaboração da Constituição Federal, elegeu-se deputado à Constituinte estadual gaúcha.
Em 1936, voltou a aproximar-se de Vargas e apoiou as pressões ao governo federal sobre o governador gaúcho Flores da Cunha, que viu-se forçado a renunciar ao cargo em outubro de 1937. Foi nomeado então, para a Secretaria do Interior no novo governo gaúcho e entre janeiro e março do ano seguinte ocupou interinamente o cargo de interventor federal no estado. Com a posse do novo interventor, Osvaldo Cordeiro de Farías, passou a chefia a Secretaria de Agricultura.
Morreu em maio de 1938 em um desastre de avião, quando regressava de uma viagem ao Rio de Janeiro.


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